Um dos doces da época natalícia é o Bolo Rei que surgiu na França sob o reino de Luís XIV, com o nome de “Gâteau des Rois” (Bolo de Reis) e foi trazido para Portugal na segunda metade do século XIX por Baltazar Rodrigues Castanheiro Júnior, herdeiro do fundador da Confeitaria Nacional. O seu nome aludia originalmente aos três Reis Magos e a sua composição remete para as prendas que estes ofereceram ao Menino Jesus: o tom dourado da côdea simboliza o ouro, o aroma o incenso e as frutas a mirra.
Por tradição, durante muito tempo, no bolo-rei escondiam-se a fava e um brinde. A quem calhasse a fava teria de comprar o bolo no ano seguinte.
Quem recebesse uma fatia com um brinde era o rei da festa e recebia uma coroa.
O Bolo Rei continua a ser símbolo máximo da gastronomia desta quadra, e apesar de terem aparecido entretanto variações da receita, o tradicional continua a ter o seu trono assegurado. Esta iguaria passou por dificuldades depois da Revolução Francesa, sendo renomeado Bolo “sans-culôtes”, e em Portugal, com a implantação da República ganhou outros nomes como Bolo de Natal, Bolo de Ano Novo ou mesmo Bolo Arriaga.
Muito mais tarde, também chegou de França o Bolo Rainha, para aqueles que não apreciam frutas cristalizadas.
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